Avisto o farol de terra firme,
Pois do tenebroso mar já de lá eu saí.
Busco nele a luz que me ilumine,
Naufraguei, dei à costa e sobrevivi.
Percorro um caminho incerto, sim eu sei,
Porque por atalhos gosto de me intrometer.
Percorro-os porém com a certeza de que nunca me queimei;
Pois o meu lema é: não fazer ninguém sofrer!
E ao longe essa tua ardente luz,
Que me tenta, que me seduz.
Um novo trilho que eu gostava de experimentar,
Se no teu farol me deixares lá entrar!
2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Quem és, eu não sei,
Quem eu sou, tão pouco,
Senão mais que um pobre louco
Tentando viver à margem,
Sem ordem, regra ou lei.
Despertas em mim o desejo
Utópicamente criado
Por um sonho platónico.
Imagino esse teu corpo molhado
Pela espuma desse mar gelado,
E na areia, a marca...
De uma silhueta abandonada.
Ouço-te sem ouvir
Vejo-te sem te ver,
E imagino como será o depois,
De te conhecer...
Quem és? Eu não sei!
Quem eu sou? Tão pouco!
Mas gostava...
2008
Quem eu sou, tão pouco,
Senão mais que um pobre louco
Tentando viver à margem,
Sem ordem, regra ou lei.
Despertas em mim o desejo
Utópicamente criado
Por um sonho platónico.
Imagino esse teu corpo molhado
Pela espuma desse mar gelado,
E na areia, a marca...
De uma silhueta abandonada.
Ouço-te sem ouvir
Vejo-te sem te ver,
E imagino como será o depois,
De te conhecer...
Quem és? Eu não sei!
Quem eu sou? Tão pouco!
Mas gostava...
2008
sábado, 1 de novembro de 2008
Trago em mim este...
Ser de vidas passadas.
Carrego em mim, não sei...
Talvez, outrora desencontradas.
Busco a resposta à qual...
Nem sequer tenho pergunta.
Corro atrás de quem afinal?
Se o perseguido ao perseguidor se junta!
Não sei quem fui ou possa ter sido
Nem sequer se hoje sou parecido,
Se alguma vez o serei!? Sei lá!
Alguém sabe o que vou ser amanhã?
Será que fui o que sou?
Será que sou o que quis ser?
Alguém sabe para onde vou?
Será que alguma vez irei morrer??
2008
Ser de vidas passadas.
Carrego em mim, não sei...
Talvez, outrora desencontradas.
Busco a resposta à qual...
Nem sequer tenho pergunta.
Corro atrás de quem afinal?
Se o perseguido ao perseguidor se junta!
Não sei quem fui ou possa ter sido
Nem sequer se hoje sou parecido,
Se alguma vez o serei!? Sei lá!
Alguém sabe o que vou ser amanhã?
Será que fui o que sou?
Será que sou o que quis ser?
Alguém sabe para onde vou?
Será que alguma vez irei morrer??
2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Faço o que a minha consciência me mandar!
Actos de medo, aventura e coragem.
Vou para onde o pensamento me levar
Onde só avisto uma miragem.
Porém a consciência perdeu-se,
E a luz deixou de existir,
Tudo o que estava no seu lugar moveu-se
E a esperança, essa, deixei-a partir.
Ando perdido, sozinho, a vaguear no vazio,
Ando em voltas sem fim, no escuro, num caminho que não se define.
Nú, despojado, abraço-me e protejo-me do frio
E procuro a luz que me guie, que me aqueça, que me ilumine!
1994
Actos de medo, aventura e coragem.
Vou para onde o pensamento me levar
Onde só avisto uma miragem.
Porém a consciência perdeu-se,
E a luz deixou de existir,
Tudo o que estava no seu lugar moveu-se
E a esperança, essa, deixei-a partir.
Ando perdido, sozinho, a vaguear no vazio,
Ando em voltas sem fim, no escuro, num caminho que não se define.
Nú, despojado, abraço-me e protejo-me do frio
E procuro a luz que me guie, que me aqueça, que me ilumine!
1994
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Cai a pena ao de leve, da ave,
Num tom ao ouvido, que me suspira, suave,
Sobrevive a ave à qual pertenço, presa,
Desarmada, sem inimigo, numa luta, indefesa.
Da gaiola chama, na melodia, a morte,
Para o voo livre, ao vento, esplanar,
E ao mundo, de quem dele precisar, levar,
Por quem se tome de peito aberto, forte.
No vai e vem, sente na liberdade, baloiçar,
Vê-se lacrimejar, de olhos fechados, a voar.
Não há barreiras, nas grades, que impeçam,
Os que do alto tombam, e no pedestal tropeçam.
Cai a pena ao de leve, da ave,
E ao ouvido, sussurra, de quem sabe,
Quem queira ouvir, o segredo transmitir,
Só será livre quem em si existir!
2008
sábado, 26 de abril de 2008
Ser Passageiro
Ecos que me rompem o peito
Na verticalidade da atitude
Faço do abismo o meu leito
E da insignificância a magnitude.
Sinto esta força que me eleva
A um paradigma superior
A transcendência da alma que cega
A visão oculta pelo pudor.
O corpo etérico que emana a fonte
Da celestial virtude do ser
Numa caminhada para atravessar a ponte
Até à dimensão que se sente sem se ver.
É esta a viagem de um ser passageiro
O primordial detentor do poder verdadeiro.
2008
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Estrela que brilhas no céu
Diz-me o porquê de existir
Regras forçadas pelo passado
E não pelo futuro que há-de vir.
Diz-me o que vês daí de cima,
O que de tão longe consegues vêr
E eu de tão perto nada descubro.
Fujo das perseguições,
E perseguem-me com elas.
Não há culpados, não os há!
Mas só pergunto porquê (?)
Porquê os "porquês"?
Não deixes de brilhar no escuro,
Ensina-me a ver o que vês,
Ensina-os a acreditar no futuro,
E explica-me o porquê dos "porquês"!
1997
quinta-feira, 24 de abril de 2008
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Completamente alheio ao que me rodeia
Escondido dos olhares ficticios
Continuo a ser perseguido
Pela mesma imagem, pela mesma sombra
Não pertenço a isto, não sou disto!
E a minha origem continua a chamar-me
Continua a puxar-me para o logos.
Lá! Não sei! Não sei! Não sei!
Não tenham medo, não tenham pena!
1996
terça-feira, 22 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Um homem passava
Na rua ao luar
Um cão uivava
Outro a ladrar
Um sonho voava
Na noite vazia
Cheirava a medo
Já não era cedo
Era hora de terror
Deixara o amor
Como um gato a miar
Gritos e gemidos
Perdeu os sentidos
Já não sabia amar
Recusou os pedidos
De uma boca amarela
Fugia e queria
Perder a mania
De matar por ela
Gato preto que seduz
Uma galinha na cruz
Levantou assim a mão
E no brilhar do luar
Pediu então perdão
Destroçado o coração
Que deixara de sonhar
Uma seta directa
Cuspida pelo fogo
E pelas costas foi
Apunhalado de novo.
1996
sábado, 19 de abril de 2008
We used to be like two children
Sharing their innocent desire
Our love was strong like wood
But now burns in a big fire.
I look around me
And there is no one here
I don´t understand why
Why you disappeared
The bird won´t sing anymore
Your flowers are now petals and thorns
I don´t know what to fight for
Because, like everything, our love gones.
I just want one reason
This time i will not stand
I want to know if it is just a season
Or if you run to another man.
1994
sexta-feira, 18 de abril de 2008
quinta-feira, 17 de abril de 2008
I open the door and look to the sky
With my friend, with my teddy bear
I´m prepared to run and even to die
Because i´m going to nowhere
Life it´s a killer in the night,
In the day and forever long.
No i don´t want more to fight.
No i don´t want more to hide.
No i don´t want more to see.
I want to scream: No
Someone is telling me:
Go, Go, Go!
Every kind of women, every kind of men
Poors and richs, healthy end sicks
Everyone is fighting, no one to defend.
Old people and young ones,
The weaks and the strongs.
Family is the worst of all wars,
House is the worst of all warriors.
And then you ask me: Why you run?
I run to not to die, i run to have fun.
1994
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Fazia frio; Chovia e ventava,
E eu tremia gelado, aconchegado,
E sonhava desejado, por quem amava,
Em ter-te aqui, por um minuto, a meu lado.
O calor apertava; Escaldante e tórrido,
E eu suava, desesperado, cortada a respiração
Pelo ambiente que se criava, surdo e mórbido.
Mas eu ouvia o teu silêncio, o teu coração.
Pensava o quanto de ti preciso,
Do teu abraço, do teu olhar, do teu sorriso.
Da magia dos teus lábios nos meus fundidos,
A de duas almas com sentimentos unidos.
Mas olhava para cima e esperava,
Num incógnito de imagens, de ruídos,
Seduzido por gestos e olhares atrevidos,
Eu sentia medo e coragem, alegria e tristeza,
Contudo olhava, pensando, para o barco que navegava,
No que é que eu sentia? Eu sentia...nada!
Como se nada me impedisse de ignorar o que se passava.
Verdade é: carne fraca na tentação!
Cada gesto, cada olhar um prego na cruz,
Por um crime, por um pecado - que não tem perdão?
E quem é Cristo, é o tentado ou quem seduz?
Tudo isto porque não sinto o teu abraço, a tua mão, o teu beijo.
Porque não vejo a tua luz, o teu fogo, o teu calor,
Nem a tua garra, a tua força, o teu desejo.
Não sinto o que quero sentir...o teu amor.
Por favor não me deixes fugir!
Abraça-me, agarra-me, prende-me.
Peço-te, porque também não quero ir.
Tenho medo!
1994
terça-feira, 15 de abril de 2008
Adejo
Quero fugir!
Fugir, fugir de tudo e todos,
Quero sair e ser livre,
Sair desta gaiola e voar.
Quero dançar a valsa da liberdade,
Correr e gritar,
Fugir do medo,
Das leis!
Quero alimentar os meus sonhos.
Quero ser eu!
Correr para longe sem olhar para trás,
Gritar contra o vento,
Molhar-me e andar nú,
Olhar para o céu e lá ficar
E descer sem que ninguém me puxe.
Quero ter-me a mim,
Só a mim e quem eu quiser!
Não ter ninguém atrás nem à frente:
Muitos e todos a meu lado.
Mas numa noite,
Ah! Essa noite,
Alguém que sou eu,
Alguém que é a morte,
Em seus braços me vai levantar
E juntos voaremos sobre o mar,
Para longe, para sempre...
1994
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Duck
She´s at the corner
And she´s not alone
She´s looking at you
Like saying come on
You have to hold on
You have to hold on
She said hello
And you stand like a sitting duck
This is your turn
Don´t through it away
But you have to go alone
But you have to go alone
She´s startled you
No way to run
No way to hide
So you have to give it up
Now you are alone
Now you are alone
There´s nothing to do
There´s nothing to say
You´ve chased her
She´s getting away
Now there´s nobody to run for
Now there´s nobody to run for
1994
domingo, 13 de abril de 2008
sábado, 12 de abril de 2008
I´m walking on the other side
Persecuted by white shadows
Crushing red roots
That turn into blood
The sky is black
The sun is naked
There´s a little body walking
With a head on the lead
Two men
One little woman
One dog
And a cat on the road
Everybody looking at me
I found a witch in her broom
With a crystal ball, a bag and a stone
The broom is to fly
The crystal ball is to see
The bag is to put me inside
And the stone is to throw me
I asked her:
What is happening with me?
Is this dream a nightmare
Or could it be reality?
And she said:
The sky is black because you can´t see
The sun is naked because you´re free
And about the little body,
Is something that you´ll never understand
The little body is you
And the head is your best friend.
1994
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Ando por aí, só e abandonado,
Perdido neste pequeno mundo
Estou cheio, estou farto, estou cansado
De andar à deriva, sem destino, sem rumo.
Desejar é fruto proibido
Mas tentar não é pecado
Sem perdão é ser seduzido
Dizer amar sem ser amado.
Naufraguei sem nunca me ter afundado
E estar vivo é ainda uma sorte
Nunca, nunca pensei foi que amar-te
Pudesse ser a causa da minha morte.
1996
quinta-feira, 10 de abril de 2008
The Big Fall
My body is dry
By so many times bleed
Not even blood tears run
And only dust i breathe
It´s a big empty dark feeling
It´s weird, it´s fear
I feel so insecure
Because everything around me
Is really collapsing
Somebody turned the world upside down
Somebody opened the sky
And i fall down into it
I can not stop from falling
I just burn slowly
And they laugh.
I´m naked
And they enjoy it.
I had been humilieted
I had been deserted
I had been worned out.
A spirit whispered at my ear:
You had got out of one´s senses
With too many girls
Times without number
And now you belong here
You don´t have to bow before nobody.
I felt like a little devil
Resting in the darkness
Waiting for a victim
Waiting for revange.
But with love i forgive
With love i ask forgiven
Got out of this nightmare
Let me rest in the big sleep.
1994
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Decálogo de Poesia
Poesia é magia envaidecida
Sentimento de alegria ou infelicidade
Prazer e ansiedade desmedida
Critica a nós próprios ou à sociedade.
É espontaneadade que nos espanta
Uma mão descontrolada
É aquele amor que nos encanta
É a sedução da nossa amada.
É quando a consciência nos abandona
E sozinhos ficamos, desamparados
Com algo que nos pressiona
Com gritos que vêm de todos os lados.
São mil anos de raiva acumulados
A privacidade de um minuto de solidão
É honra, poder e sentimentos degolados
Como que pela força de um furacão.
São espiritos que nos surpreendem
Vozes que se ocultam
Ruidos que nos suspendem
E que a coragem sepultam
É o desejo de demonstrar
Toda a emoção que nos apoquenta
Toda a ilusão que nos faz lutar
É tudo aquilo que um homem enfrenta
É escrever um elogio ou insulto
Poder recitar uma endecha
Ou simplesmente vestir-mo-nos de luto
Por tudo aquilo que para trás se deixa.
É uma palavra, uma frase imprevisivel
Um pensamento, uma omissão inesperada
Pois então, toda esta surpresa não é passivel
De de Poesia ser chamada?
E a Poesia corre-nos nas veias
Como o sangue que vem dentro delas
-Homens! Apaguem as candeias!
E façam Poesia à luz das velas!
Pois o que se diz é Poesia
E o que se pensa Poesia é!
Façam-na de noite e louvem-na de dia
Mas quando o fizerem, por favor
Tirem-lhe o chapéu e façam-no de pé!
1994
terça-feira, 8 de abril de 2008
Hipócritas
Hipócritas! Mostrai-vos ao mundo,
Tirem as máscaras que vos cobrem,
Digam o que são bem lá no fundo!
Vá lá - Porque é que fogem?
Venham, voçês que nos enganam,
Apareçam palhaços da vida!
Então, são tantos os que derramam
A mentira e a bondade desençabida.
Por favor, só umas palavrinhas,
Ou gestos, ou frases, ou conselhos!
Olha para isto! Parecem meninas
A fugir com medo! São uns fedelhos!
Têm medo que vos comam?
Ninguém faz mal a quem disser quem é!
É pena, porque os justos todos tombam
E os hipócritas! para sempre ficarão de pé.
1994
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Both
Let your eyes get into my thoughts
Give and take the pleasure
It´s all you can find
It´s all you can feel
Come close to me
Lets wrap ourselves
In my honey chamber
Let me, i let you, let me
Get in you
Find myself
Please yourself
Together
Together
I hope it´s forever.
I make you bleed
I lick your tears
Trust and believe
Untie your fears
Suck this in
69 now your mine
Love complain
It´s all i can find
So don´t refrain
Love romance
You lost your chance
Now it´s my turn
Come on dance
Let me, i let you, let me
Get in you
Find myself
Please yourself
Together
Together
I hope it´s forever
Suck this in
1994
sábado, 5 de abril de 2008
Amigos
São os amigos que me deixam viver!
Com eles tudo desabafo,
Com eles deixo de sofrer
Em troca de um confidente abraço.
Com eles tudo partilho:
Mágoa, alegria - os sentimentos!
Sempre que fujo do estrilho
São eles que me alegram os momentos.
Da memória deles faço papel,
Das minhas palavras a caneta,
Em tudo o que lhes contei fui fiel
E, da minha vida, nunca lhes escondi uma faceta!
São eles a minha bengala,
São eles o suporte da minha vida,
Será deles que, quando fizer a mala,
Encontrarei uma mão estendida!
1994
quinta-feira, 3 de abril de 2008
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Paroxismo
Culpado dos acontecimentos
Que só a inocência entende,
Por erróneos pensamentos
Que realmente ninguém compreende.
É esta terrivel injustiça
Que afasta a minha razão de ser
É esta a lei que desperdiça
O prazer que eu teria de viver.
Por tudo isto passo
Porém, já habituado estou,
Não sou culpado pelo que faço,
Porque ninguém sabe quem eu sou!
1994
terça-feira, 1 de abril de 2008
Espontâneo
Nasci:
Pedido?
Desta vez passou.
Crescimento?
Estou bem como sou.
Falar?
Obrigaram-me, senão...
Pensar?
(Só quando quero) Não!
Época?
Poderia ser melhor.
Vida?
Droga inconsciente.
Sociedade?
Cada vez pior.
Amigos?
Em cheio!
Mulheres?
Melhor é impossivel.
Familia?
Nojo e sobrevivência.
Religião?
Peço perdão.
Morrer?
Ainda não!
1994
segunda-feira, 31 de março de 2008
sábado, 29 de março de 2008
Pain Relief
If i could touch in your soul
And show you what i feel
But i can´t reach you with my hands
And there´s no way to turn you back
You don´t know what pain it is
You´re playing with my feelings
And after i gave you everything
I just want to say to you what i feel:
Fuck you girl
Fuck you all
Can´t you see, you hurting me!
You laid on my shoulder
With love you kiss my ear
I delivered my life in your hands
And you through it away as if it was nothing
You gave me hope about love
You don´t know what it is
And now you don´t even look at me
But if at least i could tell you this:
Fuck you girl
Fuck you all
Can´t you see, you hurting me!
Sorry to sing you this
I still love you inside of me
Can you forgive me about this?
But i know you don´t, so:
Fuck you girl
Fuck you all
Can´t you see, you hurting me!
1994
sexta-feira, 28 de março de 2008
Incógnito
A alegria irónica paira no ar,
de sentimentos mascarados,
com emoções guardadas pelo olhar,
onde só a tristeza descobre os culpados.
Inconscientemente se pensa,
inconscientemente se fala,
e como toda a gente consente e cala,
nasce o ódio e uma revolta intensa,
a par de uma solidão imensa.
Impossivel seria a fuga
se suicídio não fosse a solução,
porque esta sociedade tudo suga,
até vidas escravas do perdão,
que tudo fizeram para abrir seu coração.
Prisioneiros da rotina,
já ninguém pensa na satisfação,
tudo o que resta é mágoa e traição.
Ninguém luta por amôr ou prazer,
ninguém fala de sentimento profundo.
Pois aqui afirmo e o digo:
- Tudo isto sinto, mas nada disto quero fazer,
admito que ando perdido e bem lá no fundo,
mas a minha vida há-de nascer,
e não deixo que a levem,
nem mesmo a merda deste Mundo!
1994
quinta-feira, 27 de março de 2008
Medo
Ninguém poderá imaginar
As ilusões que vi!?
Ninguém poderá passar
Por aquelas sensações que senti!?
Todos me perguntam - porquê?
Respondi silêncio - pois agora percebo,
Ignorantes do que eu sinto, não sabem o quê?
Tudo muito simples: porque tenho medo!
Medo do que estou a ver?
Medo do que estou a sentir?
Medo do que poderá acontecer?
Ou medo porque parei, e consegui reflectir?
Foi tudo através do pensamento
Num longo e estranho momento
Que tudo se tornou verdade:
Do que eu tenho medo é da realidade!
1994
quarta-feira, 26 de março de 2008
Filicídio
Problemas sem grande relevância
Que só eles sabem como lidar
São-me impostos com grande importância
E, sem saber como, os tento solucionar.
Palavras que só eles entendem
Gestos que só eles decifram
Decisões... só deles dependem
Castigos... só a mim me sacrificam
Oh! Como eu queria fugir, correr, gritar
Sem remorsos, sem amor, sem medo
E aos ouvidos deles bem alto bradar
Aquilo (nada) que sou hoje a eles o devo
O que poderia ter sido, para trás deixaram
O que podia ser a minha vida, os meus (...) mataram!
1994
terça-feira, 25 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
Ser Passageiro
Antes de mais o porquê de "Ser Passageiro".
Pela multiplicidade de significados que lhe podemos(e quero)dar: o "ser" de ser-humano, de ser-vivo ou simplesmente o "ser" de ser aquilo que sou, e não outra coisa! O "Passageiro": pelo facto de que estamos aqui de passagem, por esta página, por esta vida. O "Passageiro" de uma viagem, da qual toda a gente questiona, e ninguém responde: de onde vimos e para onde vamos.
No fundo o que apenas quero aqui registar é isso mesmo: a impressão de um ser, de passagem por uma vida, efémere, o perfil traçado, na primeira pessoa, pelo aquilo que um dia fui e me fez o que sou, e que ambiciono ainda um dia ser!
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